quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Só me lembrei hoje...

É verdade só me lembrei hoje, que fez ontem um mês que comecei a deixar de fumar, e neste mês nem um cigarrito fumei.
Se foi fácil, nem por isso, como em tudo na vida, há dias mais fáceis que outros, e hoje até que o dia estava a ser fácil, mas como em tudo há um mas, e pronto lá me apeteceu um cigarrito, não, não o fumei, portei-me bem e ficou para amanhã...
Percebem agora porque digo que ainda fumo, e ainda sou fumador, porque se eu encarar o vicio do tabaco como se encara o vicio do álcool, é mais fácil eu deixar de vez, ou seja, não pode haver a mínima recaída.
Por isso vou-me ficar apenas com a vontade de o fumar e beber um copo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Projecto inacabado

Carlos encontrava-se junto á janela do seu quarto. Ao fundo o rio lembrava-lhe que já tinha chegado á cinco anos. Recordava-se do seu primeiro dia na cidade nova, tudo era diferente, tudo era novo. A cidade envelhecida, com as suas paredes negras, reflectia a sua tristeza.
Sentado na sua cama, Carlos lembrava-se do seu primeiro ano, mas tudo se misturava não tinha recordações tudo era uma enorme bola.
Olhando pró relógio duas e meia da tarde… Não se lembrava da última vez que tivesse acordado mais cedo…
Estava agora no seu quarto novo, uma cama encostada á parede, na outra parede uma secretária, e no meio o seu saco. Queria começar de novo, uma vida nova. Tantos sonhos tantos objectivos. Será que os iria realizar?!
Saiu de casa foi até à faculdade de Direito. Sempre quisera esse curso, não sabia muito bem porquê mas era o curso que queria. Tinha que saber o horário, encontrar amigos, fazer amizades. Mas qual o caminho mais directo, quanto tempo demoro a chegar? Queria chegar à sua faculdade...
Como um gato curioso, assim Carlos percorria as ruas da sua nova cidade, tudo diferente tudo igual.
- Desculpa onde estão afixados os horários do primeiro ano.
- Nessa vitrina à tua frente. “Caloiro burro, nem sequer sabe ver”.
- Obrigado. “Simpático, não me praxou”, pensou Carlos.
Saiu da faculdade triste, não conhecia ninguém e não fizera amizades, era um mundo novo para ele. “ Na segunda é o primeiro dia de aulas tudo vai ser diferente, tenho aula ás oito e meia”, acordar cedo não era problema estava habituado.
Ao sair, pensou em lhe telefonar, dizer que estava ali ao seu lado, mas foi andando, não queria chegar a casa, apenas andar pela cidade. Conhecer a cidade encontrar alguém conhecido. Fugiu das recordações, “não quero passar no botânico”.
Estava junto ao rio, agora, queria estar já no último ano e despedir-se desse rio. Mas o rio estava parado apenas um pouco de água passava no meio. Queria sair dali…
Chegou exausto a casa, arrumou as coisas, agora desejava não ter entrado nessa cidade, nesse curso...
“ Tenho as mesmas dúvidas, as mesmas incertezas e cinco anos já se passaram, bem vou tomar banho”
As recordações agora não o largavam, tinha aberto a sua caixa de pandora.

Almoço, sempre a mesma dúvida, desde que tinha deixado de ir ás aulas, era sempre a mesma dúvida, acabando por comer qualquer coisa num café.
Tenho que mudar, pensa, mas forças, não as encontra.
E as recordações eram tantas... de todos os momentos de fraqueza, que apenas tinham passado por que outro pior tinha chegado.

(Projecto começado à algum tempo, pode ser que um dia retome)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Bem que tento...

Decidi em momento anterior deixar os sentimentos de lado, e não pensar mais neles, viver a vida em tudo o que possa viver, mas sem pensar em sentimentos sem pensar, sem me preocupar com o que sinto, apenas viver racionalmente.
Mas quando eu menos espero eles assaltam-me, conseguem deitar todo o racional abaixo, conseguem-me por a pensar nos "ses" da vida, põem-me a imaginar, a sonhar...
O engraçado disto tudo, é que isto só acontece, quando estou contigo, ou quando sei que vou estar contigo, e eu podia concluir logo estou apaixonado por ti. Mas é isso que a seguir me enerva e me deixa confuso, é que eu não sinto isso, apenas sinto amizade, um grande carinho, que poderei chamar de amor, mas um amor fraternal um amor sem paixão. Mas certo ou errado é que por momentos vou-me abaixo, e fico estúpido a sonhar a imaginar....
E quer queira quer não fico preocupado com o "poder" que tens em mim, pelo menos o poder de me fazer escrever sobre isto, o poder de deitares o racional abaixo, o poder de me conseguires por sentimental, o poder de conseguires tirar o que de melhor há em mim, e mesmo que tente ser mauzinho não consigo.
Sinceramente não consigo perceber... como é que fui deixar tal acontecer, ainda bem que já não te vejo tantas vezes... pois agora no meu refugio não dá jeito nenhum andar para aqui a ser sentimentalista.
Bem que tento, mas tenho de admitir que tu consegues, fazer o que os outros não fazem...
Vou continuar a tentar....